sábado, 5 de outubro de 2013

VITAMINA E E SEU EFEITO ANTIOXIDANTE

     Vitaminas são compostos orgânicos essenciais ao organismo humano, não produzidas naturalmente pelas células, que realizam reações metabólicas específicas em nosso corpo. 
   
        A Vitamina E, encontrada em maior abundância  na natureza, pode ser adquirida através da ingestão de alimentos como: semente de girassol, óleo de canola, óleo de salmão, manga, banana, fígado de galinha, entre outros. Ela consiste em um termo genético adotado para identificar um grupo de oito compostos encontrados no meio ambiente, divididos em duas classes: os tocoferóis e os tocotrienóis, sendo o α-tocoferol considerado pela National Research Council sinônimo de Vitamina E, por ser o composto de maior atividade biológica e vitamínica.
    
                           
                                                                 Fórmula molecular do α-tocoferol
                                                 
                                Quais as funções da Vitamina E?

          Como relatado em posts anteriores, os radicais livres apresentam uma forte tendência de retirar elétrons de compostos celulares para a obtenção de uma estrutura quimicamente estável, modificando as moléculas e mudando sua função no organismo, podendo, dessa forma, originar danos graves ao corpo.
           A principal função atribuída à vitamina E consiste na proteção das membranas celulares contra a destruição oxidativa, o que lhe atribui o caráter de um antioxidante importantíssimo ao organismo.
  O α-tocoferol evita a peroxidação lipídica, por reagir diretamente com radicais de oxigênio, incluindo oxigênio singlete, radical superóxido e produtos de peróxidos lipídicos. É um antioxidante lipossolúvel que evita a produção de radicais livres originados da oxidação de lipídios. 

                  
                                               Figura do livro Nutrição: Fundamentos e Aspectos Atuais- TIRAPEGUI, J.
   
             A Vitamina E age principalmente incapacitando a formação do superóxido (O2) , radical que é formado quando, em condições específicas, o oxigênio ao invés de formar água na cadeia respiratória, ao receber dois elétrons, aceita apenas um. Esta anomalia ocorre especialmente na presença de enzimas fumarato redutases e NADH desidrogenase. 
            Quando em proporções normais no organismo, o superóxido é usado no sistema imunológico para aniquilar microorganismos invasores. Nos fagócitos, é produzido em grandes quantidades pela enzima NADPH para ser usado em mecanismos que dependem de oxigênio na eliminação de corpos estranhos. Logo, mutações nessa enzima implica em vários danos como a granulomatose crônica. O superóxido pode ainda contribuir para a patogênese de diversas doenças. As evidências indicam que esse radical poder causar hiperoxia e envenenamento reativo, além disso pode possivelmente contribuir para o envelhecimento, devido à oxidação que causa nas células.  
         Apesar dos seus efeitos positivos, a Vitamina E não é recomendada como suplemento vitamínico pois em excesso, ao invés de ajudar, pode acabar agravando a formação dos radicais. Por exemplo, no caso do câncer de próstata e na degeneração macular relacionada ao envelhecimento, estudos estão inclinados a mostrar que a vitamina E pode aumentar os seus riscos.

                       Vitamina E, Radicais Livres e Exercícios Físicos

                                   

   
    O exercício físico tem sido considerado um fator contribuinte para a formação de espécies reativas de oxigênio(EROs), já que aumenta o consumo de oxigênio, o acúmulo de ácido lático(acidose), respostas inflamatórias estimuladas por danos musculares entre outros.
    Atualmente, estudos demonstram que o exercício exaustivo e não habitual pode promover um desequilíbrio entre gerações de EROs e o sistema de defesa antioxidante do organismo. Sabe-se que a atividade física aeróbica regular otimiza o sistema de defesa antioxidante graças à síntese de superóxido desmutase e catalase, porém vários pontos adversos ainda permanecem em relação ao que aconteceria durante a prática de exercícios se o aumento de superóxido dismutase  impedisse a total neutralização desses radicais. Diante disso, diversos estudos foram realizados usando a suplementação de vitamina E com o objetivo de observar se há uma redução no processo de peroxidação lipídica.
    Foi com o intuito de avaliar a relação entre a vitamina E e a peroxidase lipídica, que vários estudos surgiram a fim de avaliar o efeito da suplementação da vitamina em atletas e esportistas. Alguns estudos indicaram que a suplementação de α-tocoferol pode reduzir a formação de compostos derivados da peroxidação. Mas, em contrapartida, um estudo bastante alarmante foi publicado por Mc Anulty, no qual 38 atletas foram submetidos à 800 mg de vitamina E ou placebo por dois meses e foi observado que a suplementação prolongada em largas doses exibiu características pró-oxidantes durante a prática de exercícios.
      Portanto, existem resultados bastante controversos no que diz respeito à utilização de suplemento dessa vitamina. Os autores, em geral, não encorajam a adoção dessa estratégia nutricional, o que reafirma a importância de uma avaliação nutricional adequada para cada caso.

Bibliografia:

TIRAPEGUI, J. Nutrição: Fundamentos e aspectos atuais. , Capitulo 05. São Paulo, 2ed. Atheneu, 2006. Consultado em 05/10/2013.

Postagem por:
Camilla Fernandes Abreu 13/0104990.
    






Nenhum comentário:

Postar um comentário